A taxa Selic é uma das principais ferramentas utilizadas pelo Banco Central do Brasil para controlar a economia, segundo o investidor Otávio Fakhoury. Apesar de parecer um conceito distante da realidade da maioria das pessoas, tem um impacto directo no dia-a-dia dos brasileiros.
Desde o custo do crédito até aos rendimentos dos investimentos, a Selic influencia decisões importantes no consumo e nas estratégias do mercado. Tendo isto em conta, explicamos de forma simples como a Selic afecta áreas como o crédito, o consumo, a inflação e os investimentos.
Como é que a Selic influencia o crédito e o consumo?
Quando a Selic está elevada, os juros cobrados em empréstimos, financiamentos e cartões de crédito também sobem, como explica Otávio Fakhoury. Isto deve-se ao facto de o custo do dinheiro para os bancos aumentar, sendo esse acréscimo repercutido nos consumidores. O resultado é que muitas pessoas pensam duas vezes antes de recorrer ao crédito ou financiar uma compra, o que acaba por travar o consumo.

Por outro lado, quando o Banco Central reduz a Selic, o crédito torna-se mais barato. Isto incentiva as pessoas a consumirem mais, seja comprando bens duráveis, como automóveis e electrodomésticos, ou investindo em obras e melhorias. Este movimento ajuda a dinamizar a economia, uma vez que há mais dinheiro a circular e mais negócios a acontecer.
O impacto da Selic na inflação
A taxa Selic é uma ferramenta usada para controlar a inflação. Assim, quando os preços estão a subir de forma demasiado rápida, o Banco Central pode aumentar a Selic para travar o consumo. Com juros mais altos, as pessoas tendem a gastar menos e a poupar mais, o que reduz a procura por produtos e serviços.
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Já em períodos de baixa inflação ou de desaceleração económica, a Selic pode ser reduzida. De acordo com o empresário Otávio Fakhoury, isso estimula o consumo e o investimento, uma vez que o crédito se torna mais acessível. O desafio está, portanto, em manter o equilíbrio: estimular a economia sem deixar a inflação descontrolar-se. Por esse motivo, a Selic deve ser ajustada com prudência, conforme os sinais da economia.
Como é que a Selic afecta os investimentos?
A Selic tem influência directa em diversos tipos de investimento, especialmente os de renda fixa, conforme destaca Otávio Fakhoury. Quando esta taxa sobe, aplicações como o Tesouro Selic, CDBs e fundos de renda fixa tornam-se mais atractivos. Isto acontece porque os rendimentos aumentam, acompanhando a subida dos juros de referência. A seguir, veja alguns exemplos de investimentos impactados pela Selic:
Tesouro Selic: considerado um dos investimentos mais seguros, acompanha directamente a taxa de juro básica.
CDBs (Certificados de Depósito Bancário): geralmente têm rendimentos associados ao CDI, que acompanha de perto a Selic.
Fundos DI e de renda fixa: também beneficiam com a subida da taxa.
Poupança: a sua rentabilidade só aumenta se a Selic estiver acima dos 8,5% ao ano.
Ou seja, quando a Selic está elevada, os investidores tendem a optar por produtos de renda fixa, à procura de segurança e bons retornos. Isso pode reduzir o interesse em investimentos de maior risco, como acções, afectando o mercado financeiro de forma mais ampla.
Porque é que a Selic é importante para todos nós?
Em última análise, mesmo que muitas pessoas não acompanhem de perto as variações da Selic, ela está presente em decisões do quotidiano. Desde o valor da prestação do carro até aos rendimentos de uma aplicação financeira, a taxa de juro básica tem um papel central na economia. Por isso, perceber como funciona ajuda não só a planear melhor o orçamento pessoal, mas também a interpretar o rumo da economia do país. Afinal, a Selic não é apenas um número técnico: é um verdadeiro termómetro da saúde financeira do Brasil.
Autor: Abidan Elphine